Para solucionar o problema de espaço e condições seguras de atendimento da saúde, em Cacoal (RO), nas unidades básicas, serão construídos um Hospital Público Municipal, uma Unidade de Pronto Atendimento II, que entrará em processo licitatório na segunda-feira (6), e outras quatro Unidades Básicas de Saúde. O recurso é proveniente de uma emenda parlamentar federal no valor de R$ 40 milhões.
“Cacoal é um polo de saúde e atende pessoas de diversos municípios da região, então a pressa agora é nossa de concluir a obra”, salienta o prefeito Francesco Vialetto. Segundo Fracesco, ainda não há data para o começo das obras, mas em seis meses a etapa licitatória deverá ser finalizada. O Hospital Municipal deve conter 120 leitos.
Um relatório feito pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia e da Vigilância Sanitária, aponta a falta de condições das unidades de saúde que prestam atendimento à população. De acordo com o documento, a dignidade dos profissionais é ferida com a situação em que se encontram.
Para a diretora do Pronto-Socorro Unidade Mista, Meila Witt, o principal problema da unidade é o tempo de construção do prédio, que não atende a atual demanda do município e das regiões vizinhas. “Nesses últimos anos Cacoal cresceu muito e o atual prédio da Unidade Mista, que já é antigo, não está comportando”, diz Meila. Segundo a diretora há mão de obra suficiente, mas o espaço físico é insatisfatório.
“A lei diz que os pacientes podem ficar aqui até 48h, mas há pessoas com 20 dias de internação e não tenho para onde direcioná-los”, argumenta. Atualmente o Pronto-Socorro Unidade Mista conta com cerca de 40 vagas para internação. Para Meila, com o novo Hospital Municipal, a situação de falta de vagas em hospitais deve ser resolvida.
Com o final do prazo de 60 dias, concedido pela Justiça, para que o Pronto-Socorro Unidade Mista e o Hospital Materno Infantil (HMI) de Cacoal fossem desocupados, um novo prazo foi conferido pelo MP para que a ação fosse concretizada. A prefeitura tem até quatro meses para a conclusão da transferência.
De acordo com Francesco, a prefeitura ainda não tem um plano para que as transferências sejam concluídas, mas um estudo deve ser apresentado para solucionar o problema. “Para fazer uma ação dessa amplitude temos que ter dados para saber como resolver tecnicamente o problema. De acordo com esse estudo, vamos ver a possibilidade de transferência e para onde”, explica.
Segundo o prefeito, em até quarenta dias a obra da unidade de saúde deve começar e deverá ser concluída até o final de 2013. Não há data para o início da construção das quatro Unidades Básicas de Saúde. “Quando se trata de obras públicas, há morosidade, mas já estão sendo estudadas e os locais onde serão construídas”, informa. Outras três unidades básicas deverão ser reformadas.
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