A decisão saiu após uma semana de julgamento da apelação feita por Amanda, de 24 anos.
O ex-namorado de Amanda, Raffaele Sollecito, também foi absolvido.
Amanda caiu no choro ao ouvir a decisão. Ela havia chegado ao tribunal tensa, lívida e respirando com dificuldade.
Seus pais e seus advogados se abraçaram e choraram. Houve aplausos e gritos na sala.
A família de Meredith, que era natural de Leeds, parecia não acreditar no veredicto. Sua mãe ficou calada e imóvel.
Alguns gritaram "Vergonha! Vergonha" ao saber da absolvição. Outros comemoraram.
O julgamento era acompanhado, na praça do lado de fora, por muitos simpatizantes e críticos da americana.
O crime
Amanda e Sollecito eram acusados de, em 1º de novembro de 2007, terem matado Meredith, então com 21 anos, durante jogos sexuais regados a álcool e drogas e que "fugiram ao controle", segundo descrição da promotoria.
Amanda e Sollecito eram acusados de, em 1º de novembro de 2007, terem matado Meredith, então com 21 anos, durante jogos sexuais regados a álcool e drogas e que "fugiram ao controle", segundo descrição da promotoria.
Meredith foi encontrada seminua, com a garganta cortada e marcas de 43 facadas, em meio a uma poça de sangue. A autópsia também mostrou que ela foi estuprada.
O crime ocorreu no apartamento que elas dividiam.
O caso chamou a atenção da imprensa internacional.
Em 2009, Amanda foi condenada a 26 anos de prisão, e Sollecito, a 25.
Durante os quase quatro anos que permaneceu presa, Amanda sempre negou a autoria do crime. Sollecito também.
O traficante Rudy Guede, cidadão da Costa do Marfim, também acusado, foi condenado a 16 anos de prisãoi em um processo separado. Ele teria imobilizado a vítima, segundo a acusação.
Apelação
A decisão do Tribunal de Apelação foi tomada após investigadores forenses independentes terem criticado a atuação da polícia no caso, dizendo que as provas existentes contra os dois no na perícia oficial não eram confiáveis. A expectativa era de que ela fosse inocentada.
A decisão do Tribunal de Apelação foi tomada após investigadores forenses independentes terem criticado a atuação da polícia no caso, dizendo que as provas existentes contra os dois no na perícia oficial não eram confiáveis. A expectativa era de que ela fosse inocentada.
O tribunal de recursos manteve a condenação a Knox pelo crime de calúnia, já que ela acusou falsamente o barman Patrick Lumumba de ser um dos assassinos. Ela foi sentenciada a três anos de reclusão, tempo que já cumpriu.
Nesta segunda-feira, antes de divulgada a decisão do tribunal, Amanda fez um apelo emocionado de inocência e chegou a chorar. Falando aos oito juízes (dois profissionais e seis leigos), Knox implorou para ser libertada. "Não cometi as coisas que disseram que eu cometi. Não matei, estuprei nem roubei. Eu não estava lá", afirmou, no italiano fluente que aprendeu na cadeia.
A acusação, que planeja recorrer, teme que Amanda volte a Seattle, onde a família mora, e não retorne mais à Itália caso o processo continue.
Nenhum comentário:
Postar um comentário