Com uma escalação ofensiva, o Bahia começou com mais ímpeto. Logo no início, porém, o centroavante Souza se machucou. Em seu lugar, entrou o estreante Junior, que possui as mesmas características de referência na área, o que manteve a estrutura tática armada por René Simões. E foi justamente do atacante a primeira grande chance da partida. Carlos Alberto, que fez sua primeira partida desde que chegou ao time, colocou a bola entre o trio de zagueiros do Fluminense e obrigou Diego Cavalieri a fazer boa defesa no chute de Junior.
Pelo lado do Tricolor Carioca, outros dois estreantes da noite tiveram atuações muito discretas. Marcio Rosário mostrou certa insegurança na zaga, tendo de receber apoio dos outros dois companheiros de setor: Gum e Edinho. Já lá na frente, Ciro lutou, buscou jogo, mas não produziu praticamente nenhuma jogada de perigo.
O primeiro grande lance do Fluminense foi de Fred. Em jogada de bola parada, o camisa 9, que estava apagado na partida, subiu para cabecear. Mas antes da grande defesa de Marcelo Lomba, o árbitro Alício Pena Junior já havia assinalado falta.
Com o passar do tempo, o Bahia foi se fechando na defesa, tentando sair nos contra-ataques. Carlos Alberto, mostrando muita vontade e a habilidade de sempre (assim como sua vocação para fazer faltas e receber cartões), chegou a criar algumas jogadas, mas nenhuma delas representou grande perigo. Enquanto isso, o Fluminense tentava chegar ao ataque. nas trocas de passes entre Souza e Conca. Desta maneira, conseguiu duas faltas na entrada da área. Mas em vez de cobrar direto, o time resolveu arriscar jogadas ensaiadas que foram treinadas nas Laranjeiras. Se no treino funcionou, no jogo não chegou nem perto disso. Numa delas, Fred chutou mal ouviu reclamações do público. Pouco antes, Carlinhos driblou Jancarlos na área e desabou quando o marcador deu carrinho. O árbitro mandou o jogo seguir.
Com Jobson inspirado, Bahia cresce na etapa final
O cenário inicial do primeiro tempo se repetiu na etapa final. Mostrando mais vontade e organização, o Bahia partiu para cima, novamente comandado por Carlos Alberto. O camisa 19 procurava sempre as tabelas com Jobson, que mostrou a costumeira habilidade, deixando sempre os zagueiros do Fluminense em estado de alerta.
A pressão existia, mas foi justamente nestes momentos que apareceu Diego Cavalieri. O goleiro, que a condição de titular no lugar de Ricardo Berna, mostrou muita segurança todas as vezes em que foi exigido. Em especial, após cobrança de falta do lateral-direito Jancarlos, revelado em Xerém. A defesa foi feita em dois tempos, mas a torcida tricolor sentiu confiança no goleiro, um dos raros poupados das vaias.
Acuado, o Fluminense assustou apenas em lances isolados. Foram dois chutes perigosos de longa distância. O primeiro com Marquinho, que entrou no lugar de Carlinhos e ocupou a ala esquerda. Marcelo Lomba fez grande defesa. O segundo com Souza, em petardo que explodiu na trave e sobrou para Conca, que finalizou mal. A falta de chances deixou claro que Abel Braga ainda não conseguiu dar padrão de jogo ao time do Fluminense.
O Bahia, porém, dominava o meio-campo e chegava com perigo. Jobson acertou a trave, num prenúncio do que estava por vir. Nos acréscimos, com o Flu quase todo no ataque em busca do gol, Marcos puxou o contragolpe, Ávine deixou Mariano no chão e serviu para Jobson concluir sem chances para Cavalieri que, desta vez, Cavalieri nada pôde fazer.
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